A pneumonia é uma infecção respiratória grave, responsável, em todo mundo pela maior parte das mortes de crianças menores de cinco anos de idade.
A infecção é causada por uma bactéria chamada pneumococo. Ela pode ser facilmente transmitida através da tosse, espirro ou mesmo por objetos compartilhados, como brinquedos ou mamadeiras. As estatísticas de mortes no Brasil, por pneumonia, segundo dados do Ministério da Saúde, seguem a tendência global. No ano de 2018 foram mais de mil óbitos de bebês e crianças até quatro anos, por esta causa.
Os principais sintomas da doença que mais mata crianças pequenas no mundo todo, são tosse constante, febre, dificuldade para se alimentar, apatia e prostração. É possível que por parecerem os mesmos indícios de uma gripe forte, alguns pais demorem para levar os pequenos ao médico. O ideal é levar as crianças logo que manifestarem esses sinais, para garantir um tratamento adequado e uma melhora rápida.
Segundo o Dr. Emersom Mesquita, gerente médico de vacinas da GSK, existem casos em que os sintomas nem aparece, mas a bactéria está presente. Ele afirma que é comum que pessoas – principalmente as crianças, carreguem e transmitam essa bactéria mesmo antes de adoecer. Por isso é tão importante a higiene pessoal e limpeza dos brinquedos das crianças e, mais ainda, a prevenção através da vacina.
PREVENÇÃO
A forma mais eficiente de prevenir as doenças pneumocócicas em crianças é com a vacinação.
O Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) determina que se dê duas doses da vacina contra pneumonia aos 2 e aos 4 meses de idade. Entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), recomendam ainda uma terceira dose aos 6 meses de idade, além da dose de reforço entre um ano e um ano e meio. Esta vacina está disponível gratuitamente nos postos de saúde para crianças até cinco anos.
Dados de 2015 e 2016 indicam que a vacinação conseguiu reduzir em pelo menos 40% as internações por pneumonia, em crianças menores de 2 anos naquele período. Atualmente, no entanto, a cobertura vacinal está abaixo do recomendado no país, principalmente a dose de reforço.
O cuidado com idosos, acima de 60 anos, e com pessoas com problemas de saúde associados, como diabetes por exemplo, deve ser reforçado. Existem uma vacina mais abrangente, própria para eles.
A recomendação, reforçada ao redor do mundo no Dia Mundial de Combate à Pneumonia, é que todos, principalmente crianças pequenas e idosos sejam imunizados com a vacina.