Conversamos com a veterinária Caroline Bettini, da clínica SPet para entender um pouco mais do que se passa com nossos amigos de quatro patas
A mudança de rotina causada pela pandemia de coronavirus é facilmente sentida pelos pets que temos em casa. A reação, no entanto, varia de acordo com o animal. Há os que curtem seus humanos em casa e aqueles que sentem falta do silencio. Assim como para as pessoas, os cuidados com a higiene devem ser redobrados nesse período e as saídas de casa limitadas ao necessário. Cuidado para não comer muito! Ninguém quer problemas de obesidade pós quarentena, não é? Isso traria mais problemas de saúde, totalmente evitáveis!
Cães e gatos são bastante diferentes e todos nós percebemos isso. Quando os tutores ficam mais presentes em casa, esses dois pets costumam ter reações distintas. Enquanto os cães se divertem e aproveitam a proximidade, gatos em geral estranham a mudança na rotina por conta da perda de espaço e silêncio na dinâmica da casa. “Felinos não se adaptam tão facilmente quanto as demais espécies, então é muito importante respeitar o espaço deles e evitar, se possível, mudanças drásticas na rotina”, comenta Caroline Bettini.
Assim como os cães, pequenos mamíferos e aves também sentem estas mudanças na casa, normalmente de uma forma bastante positiva, já que gostam de interações e companhia dos humanos. Os animais acostumados com exercícios constantes, devem seguir sendo estimulados, dentro do ambiente doméstico. Quem tem um quintal não terá dificuldade, mas dentro de um apartamento, os donos devem pensar em circuitos para serem feitos, evitando o “sedentarismo”!
Rotina alimentar
Sobre a alimentação, a veterinária comenta que apesar de a rotina de alimentação dos tutores mudar e de todas as refeições serem feitas em casa, não é indicado que sejam alterados os horários dos pets. Um dos motivos para isso é que quando a situação se normalizar e a rotina anterior for retomada, essa nova adaptação dos bichinhos iria demandar muito trabalho. “Oriento também que evitem o excesso de petiscos e guloseimas devido ao possível ganho de peso”, acrescenta Caroline Bettini.
Passeios
Sobre os passeios, a veterinária da SPet alerta para que gatos não sejam ‘autorizados’ a sair de casa: “O ideal é banir o acesso a rua, telando as residências ou evitando áreas que não sejam possíveis telar”. O motivo é bem razoável, afinal são várias doenças virais que podem ser contraídas nesses passeios, além dos ricos naturais de atropelamentos e envenenamento que não se referem especificamente a esta época em que vivemos.
Cachorros, no entanto, podem passear com seus tutores, mas sempre com o uso de guias. Os passeios devem ser curtos para evitar exposição dos tutores e de seus cães que podem carregar partículas virais principalmente nas patas. Para os cães que estejam acostumados a usar botas ou meias de proteção, essa é uma hora importante para o uso desse recurso. No caso de pets não habituados a isso, o ideal é lavar as patinhas com água e sabão neutro de uso pet, principalmente entre os dedos e coxins (almofadinhas das patas). Importantíssimo é secar as patas logo depois, para que a umidade cause dermatites fúngicas.
Hora do banho
Ainda na linha da limpeza, com o fechamento de centros de estética animal (e humana também!) em São Paulo e na maior parte das cidades, os tutores precisam dar banhos em casa. É importante que os produtos usados sejam próprios para uso pet, à venda em lojas especializadas, como a Cobasi, que tem lojas abertas e também vendas online. Os banhos em casa devem ser feitos da altura do pescoço até a cauda, não esquecendo de enxaguar corretamente e retirar o excesso de umidade com toalhas e secadores em temperatura morna a fria. Para quem não está habituado a dar banhos, é indicado o uso de banhos a seco e hidratantes que são facilmente encontrados no mercado pet.
Quando o tutor adoece
A veterinária Caroline Bettini comenta que existe uma orientação do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária) para que tutores com COVID-19 sejam totalmente isolados de seus pets, para evitar que os animais retenham e transportem partículas virais, com risco de contaminar as outras pessoas da residência. Nos casos de tutores que vivem sozinhos com seus pets, o indicado é evitar contato muito próximo, lavando sempre as mãos com água e sabão após tossirem ou espirrarem.
Ficaram mais dúvidas sobre esse tema? Deixe nos comentários, já que teremos mais matérias a respeito dos cuidados com os pets!
Obrigada, muito bom!!!!