Empresa que completa dez anos em 2020, adapta parte de seu parque industrial ocioso para confecção das máscaras tipo Face Shield.
Foi literalmente uma mudança dos pés à cabeça. Mas o que impulsionou essa guinada não foram os negócios e sim a necessidade do momento e a solidariedade. O isolamento social, fundamental para a contenção da pandemia de coronavírus, fez com que a fabricação de palmilhas e calçados fosse interrompida. Com um parque de impressoras 3D disponível, Thomas Case, fundador da Pés sem Dor, tomou a decisão. Parte de sua fábrica foi adaptada para a confecção de máscaras e posterior doação.
Os equipamentos de proteção facial (EPI) que estão sendo produzidos pela empresa são do modelo face shield, produzidas de acordo com as normas da Anvisa. As linhas de produção própria da Pés Sem Dor formam um dos maiores parques de impressoras 3D do país. “Com o material e as mais de cem impressoras que temos à nossa disposição podemos produzir cerca de cem mil máscaras”, explica Thomas Case, “Nossa capacidade de produção atual é de três mil peças por dia”.
No ano em que completa uma década de atividades, a Pés sem Dor tinha planos de expansão e preparava novidades para impulsionar os negócios. “Entramos em 2020 inaugurando nossa fábrica própria de filamentos de TPU e lançando um aplicativo para o escaneamento dos pés com um smartphone”, comenta Thomas Case Jr. O executivo, filho do fundador, já era responsável pelas fábricas próprias da Pés sem Dor e está na linha de frente da ação.
“Ainda não mensuramos o quanto a pandemia e o isolamento social vai refletir em nosso negócio, no momento, estamos dedicando nossas energias para o bem e para encontrar as formas de como podemos ajudar”, conclui o executivo. As primeiras máscaras produzidas nas impressoras da Pés sem Dor já foram doadas para o Hospital Municipal de Barueri.