Reflexões sobre o Ballet masculino no Brasil

imagem de bailarino no palco, em um salto com as pernas agrupadas.
Cícero Gomes, primeiro bailarino do TMRJ. foto: Mário Veloso

Live promovida pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro pelo Instagram, nesta quinta (21), debate a presença dos homens nos corpos de baile.

Enquanto a presença de bailarinos em espetáculos profissionais é tão natural quanto a de bailarinas, o mesmo não se reflete nas escolas de ballet. O número de meninos em salas de aula ainda é muito inferior ao de garotas, tanto que sua presença muitas vezes chama a atenção. Para refletir sobre a formação do bailarino e seu espaço no cenário brasileiro, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, convida dois grandes nomes para sua live “Palco Livre”, nesta quinta-feira à tarde.

O diretor da Escola Maria Olenewa e regente interino do Corpo de Baile do TMRJ, Hélio Bejani e o primeiro bailarino do TMRJ, Cícero Gomes irão debater o balé masculino no Brasil. Espelhados em suas próprias vivências, os dois profissionais falarão sobre o incentivo à formação, a preocupação com a técnica masculina e o mercado de trabalho no Brasil e no exterior.

Hélio Bejani lembra que os homens eram os protagonistas, quando o ballet surgiu na ópera em Paris no século XVII. “Eles perderam este posto no período romântico, com o desenvolvimento do trabalho de pontas. Coube a Marius Petipa a preocupação de valorizar novamente o balé masculino dando aos homens papéis de destaque em suas obras”.

No Brasil, desde a fundação da Escola de Dança Maria Olenewa em 1927, sempre houve a preocupação com a formação de bailarinos. Na live desta quinta-feira, o atual diretor, Hélio Bejani e o primeiro bailarino do TMRJ, Cícero Gomes, irão relembrar os professores importantes em suas formações, além de comentar suas próprias trajetórias e o mercado de trabalho dos profissionais que brilham no Brasil e no exterior.

Ao longo da quarentena, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro vem realizando as chamadas ‘lives‘ com temas ligados à vida da institução. Já foram realizadas conversas sobre o canto lírico, sobre regencia, paralelos entre a musica e a dança. Assuntos como cuidados com a voz e a ansiedade na performance musical, também foram abordados.

O Theatro Municipal Palco Livre convida

Hélio Bejani. Natural de Piracicaba, bailarino, músico, coreógrafo e diretor artístico, é Diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa e regente interino do corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi bailarino solista do TMRJ dançando todo seu repertório por 18 anos. Foi também coordenador da Orquestra Sinfônica do TMRJ. Atua ainda no carnaval do Rio de Janeiro como coreógrafo de comissão de frente desde 2007.

Cícero Gomes. Natural do Rio de Janeiro, é o Primeiro Bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Formado na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, estudou também na Escola de Dança da Ópera de Viena (Áustria) e Elmhust School for Dance (Inglaterra). Foi bailarino da Cia Jovem de Ballet do Rio de Janeiro por cinco anos até ingressar no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 2008, já como solista.

Theatro Municipal Palco Livre
Reflexões sobre o balé masculino no Brasil 
Quinta, 21.05.20 
Ao vivo, às 15h, pelo Instagram: @theatromunicipalrj