Livro infantil escrito por uma psicopedagoga pode ser um bom ponto de partida para conversas abertas sobre diversidade, diferenças e deficiências.
Se perceber diferente é uma realidade de muitas pessoas. Pode ser por estar em um grupo social distinto do seu ou ter características físicas diferentes. Acontece até por mudar de cidade ou região e ter um sotaque incomum. Quando uma criança se percebe diferente, diversos sentimentos podem surgir, entre positivos ou negativos ou apenas dúvidas.
A psicopedagoga Roselaine Pontes de Almeida propõe uma conversa sobre o que é ‘ser diferente‘ através do lúdico, com exemplos do fundo do mar. Em “Tudo bem não ser igual“, ela conta a história de uma arraia, que conforme passeia pelo oceano, encontra muitos peixes e seres diferentes dela. A arraia busca em si mesma características que a aproxime destes outros.
Conversar sobre “se perceber diferente”
A escritora aproveita o aspecto curioso, colorido e atraente do fundo do mar e provoca a reflexão de que somos todos diferentes, alguns mais que outros. São temas importantes para diálogo na infância. O livro é uma leitura interessante para os pais trabalharem esse paralelo do ‘ser diferente‘ com seus filhos. Indicado também para professores, nas rodas de leitura com suas turmas.
Na história, uma pequena arraia percebe ser diferente dos outros moradores do fundo do mar. São diferenças por seu formato, sua cor ou sua forma de nadar. Ela percebe e se retrai. Os amigos, ao perceber sua tristeza e sem entender os motivos vão ao encontro dela. Foi uma surpresa para a protagonista, ver como os outros bichinhos a percebiam. O acolhimento mostrado no texto é um exemplo a ser trabalhado com as crianças, sobre aceitação, empatia e singularidade.
Ficha técnica:
Tudo bem não ser igual – cada um é único e especial Texto: Roselaine Pontes de Almeida Ilustrações: Michelle Duarte Editora: Saíra Editorial ISBN: 978-65-86236-03-3 Valor: R$ 26. À venda na Amazon: Link