Data foi criada oficialmente há dois anos para unir esforços na divulgação sobre a importância da espécie.
A Onça Pintada foi reconhecida por uma portaria do MMA (Ministério do Meio Ambiente) como símbolo brasileiro da conservação da biodiversidade. A mesma portaria, de outubro de 2018, instituiu o dia 29 de novembro, como o Dia Nacional da Onça Pintada. A data é importante para concentrar ações de conscientização sobre a importância deste que é o maior felino das américas.
Segundo levantamentos recentes, está no Brasil cerca de 50% da população de onças pintadas ainda existentes. De acordo com o CENAP (Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Mamíferos Carnívoros), do ICMBio são 55 mil indivíduos, que vivem em todos os grandes biomas brasileiros, com uma concentração de cerca de 80% na Amazônia. É na Caatinga que a espécie é mais ameaçada, sendo considerada criticamente em perigo de extinção.
Preservação
Existem projetos de preservação em algumas áreas do país, como o Projeto Onças do Iguaçu, no Paraná, que monitora os animais na região do Parque Nacional do Iguaçu. Há também projetos que partiram da iniciativa privada, como o Onçafari, fundado em 2011, no Refúgio Ecológico Caiman. O projeto monitora os indivíduos da espécie na região do Pantanal sul-mato-grossense e se estende para outras regiões de ocorrência de Onças Pintadas.
Uma importante ação do Onçafari é a reintrodução na natureza de grandes felinos. Em 2014, duas fêmeas que perderam a mãe ainda filhotes foram reintroduzidas no Pantanal. Dois anos depois, chegaram ao projeto outras duas oncinhas com poucos dias de vida, que foram cuidadas e devolvidas à natureza. O trabalho no Onçafari inclui, ainda, pesquisas científicas e programas de educação ambiental.
Onça Pintada
A onça pintada é o maior felino do continente americano e o terceiro maior do mundo. Na Ásia e na África estão os maiores, o tigre (Panthera tigris) e o leão (Panthera leo). É um animal com grande força muscular que tem uma das mordidas mais potentes do mundo. Ela se alimenta exclusivamente de carne, desde aves a até grandes animais como veados, jacarés, porcos-do-mato e capivaras.
As onças pintadas vivem em média entre 12 a 15 anos, quando estão livres, tendo uma longevidade bastante maior quanto criadas com bons cuidados, em cativeiro. Elas podem ter de um a 4 filhotes por gestação, o mais comum é que sejam dois. As onças podem pesar entre 35 kg e 158 kg. Em áreas abertas, como o Pantanal, são maiores. Na região do Parque do Iguaçu pesam até 100 kg. Os machos são maiores que as fêmeas.
A pelagem desta espécie é de coloração amarelo-dourada, com pintas na cabeça, patas e pescoço. As rosetas com uma pinta no interior as distinguem dos leopardos, que também possuem rosetas, mas sem pintas. Esta ‘estampa’ da pele é única de cada indivíduo e é através da posição e tamanho das pintas que cada animal é identificado, como se fosse uma “impressão digital”.
As maiores ameaças para as Onças Pintadas têm ação humana envolvida. Além da redução de área de florestas, a caça continua sendo um fator relevante. A caça é proibida no Brasil* desde 1967, à exceção da caça de subsistência. Não apenas no Brasil, como em quase todo o mundo, o comércio de peles de animais, que já foi símbolo de status, é hoje condenado. Ainda assim, no Brasil, as onças pintadas seguem sendo alvo de caçadores.
Taxonomia Classe: Mammalia Ordem: Carnivora Família: Felidae Gênero: Panthera Espécie: Panthera onca Nome comum: Onça-pintada, Jaguar, Jaguaretê