Fisioterapia ajuda a amenizar dores dos cães no inverno

cão daschund fazendo fisioterapia na água em um aparelho alto, com a veterinária ao lado.,
divulgação Mundo à Parte

O período de inverno demanda diversos cuidados com os cães, entre eles a observação de possíveis novas dores, ou o aumento das já existentes, e até a paralisia nas patinhas

Quem é humano e tem algum problema de articulação, sabidamente nos joelhos, sabe que o frio está chegando antes mesmo de sentir, porque as dores começam a incomodar. Esta realidade parece também acontecer com os cachorrinhos. Baixas temperaturas aumentam as dores de artroses, a incidência de paralisia nas patinhas dos cães e ocorrências de hérnias de disco. A fisioterapia pode ser uma excelente alternativa de tratamento.

A coluna vertebral dos cachorros tem a mesma estrutura básica da humana: uma série de vértebras (ossos) intercaladas por ‘discos’, estruturas cartilaginosas que evitam o impacto entre elas. Algumas vezes, por diversos fatores, pode acontecer o desgaste destes discos e o deslocamento de segmentos da coluna comprimindo a medula. Além de uma dor intensa, outras consequencias são a dificuldade de movimentos e até a paralisia de membros.

Para os tutores, o alerta de um problema como este pode ser dado por pequenas e consistentes alterações de comportamento. A postura pode mudar um pouco (como forma do animal tentar amenizar a dor), ele pode vocalizar de forma estranha e chorar, perder o apetite e resistir a passeios e brincadeiras. Em algumas raças é mais fácil perceber uma falta de coordenação motora ou mesmo fraqueza nas pernas.

A fisioterapia ajuda os animais a recuperarem os movimentos eventualmente prejudicados e reduz as dores causadas por lesões. Jennifer Hummel, médica veterinária da Mundo à Parte, explica que nos cães as hérnias podem se manifestar de duas formas. A primeira ocorre devido a uma ruptura nas fibras do disco intervertebral, expondo o material do núcleo pulposo e comprimindo a medula espinhal. O segundo é um deslocamento crônico e progressivo do disco em direção à medula espinhal.

Dependendo da raça e sua estrutura óssea, é mais comum um ou outro tipo de hérnia. O primeiro, ocorre em animais normalmente mais novos, que tem as perninhas ‘mais curtas’, como dachshund, bulldog francês, beagle, shih-tzu e lhasa apso. Já a hérnia protrusiva, crônica, costuma acometer cães de raças como labrador, pastor alemão, rottweiler e chow-chow e tem apresentação tardia, dos sete aos oito anos de idade, com sinais lentos que aumentam com o tempo. 

O tratamento pode ser realizado com medicação, fisioterapia e em alguns casos, é necessário a cirurgia. As sessões de fisio não apenas podem ser o tratamento ‘final’, como são úteis para estabilizar o animal, prepará-lo para a cirurgia ou apoiar o pós-operatório. Cada caso irá demandar uma frequencia e número de atendimentos, bem como a recomendação de repouso, mas é certo que com as diversas possibilidades da fisioterapia, ela é indicada em todos os graus de lesão.

A Mundo à Parte é uma rede de fisioterapia veterinária com presença global e cinco unidade na capital paulista. Saiba mais no site mundoaparte.com.br