Uniformes usados tem destino nobre no Magalu

tecidos desfibrados para confecção de cobertores como os que serão doados pelo Magalu
Material textil já em processo de 'desfibração' para confecção posterior de cobertores (reprodução internet)

A empresa que hoje tem mais de 40.000 funcionários usa logística reversa para transformar uniformes em cobertores para população em situação de rua

O Magalu é hoje uma das maiores forças do varejo nacional, com 24 centros de distribuição de produtos no Brasil. A visibilidade que cada programa ou ação da empresa tem vai além da curiosidade e pode servir de exemplo para quem tem medo de arriscar. Uma das atitudes que o Magazine Luiza tomou foi o destino de uniformes que não seriam mais usados por seu pessoal. O descarte não é feito de forma clássica, mas com ajuda de uma empresa especializada, é possível a transformação do material textil para um novo uso.

A empresa Retalhar é especializada na logística reversa e através de seu trabalho evita que toneladas de tecido de uniformes de grandes corporações tenha como destino os lixões. Mais que isso, ao estruturar a a gestão responsável destes resíduos, ela gera trabalho e renda, através de parceirias com cooperativas. O trabalho se inicia com a descaraterização manual dos uniformes, retirando logomarcas e outros ítens que identifiquem sua origem. Depois esse tecido é encaminhado para trituração e desfibrasmento para posterior uso em novos produtos.

No caso do Magalu, o contrato indica que os uniformes dispensados serão transformados em cobertores para população em situação de rua. Na primeira etapa do processo, a Retalhar utiliza mão de obra inclusiva para descaracterização dos uniformes. No caso do Magalu, mulheres em situação de vulnerabilidade social trabalharam para retirar marcas e tornar os tecidos recicláveis com o sigilo de origem. O material passa pelo processo de transformação e é entregue em forma de cobertores a três entidades que atuam no auxílio de pessoas em situação de rua: Anjos da Cidade, Ondas de Amor e Paróquia São Miguel Arcanjo.  

“O projeto é mais um passo da companhia na direção de tratar de maneira adequada os diferentes tipos de resíduos que produzimos”, Ana Luiza Herzog, gerente corporativa de reputação e sustentabilidade do Magalu. “A parceria com a Retalhar casou perfeitamente com o propósito do Magalu, porque conseguimos gerar um impacto positivo não só ambiental, mas também social”. A gestão de resíduos é um tema central na empresa. Os Centros de Distribuição são espaços que geram resíduos como lâmpadas, baterias, óleos e pilhas que já são encaminhados para reciclagem e reuso, evitando seu descarte inadequado.

A gerente do Magalu reforça que uma das preocupações da empresa é impulsionar a economia circular, mecanismo crucial para alcançar um dos objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU, o de assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. O Magalu acaba de transformar quatro toneladas de uniformes usados em 4 mil cobertores. A cada ciclo de substituição de uniformes, o processo deve se repetir.

Sobre o Magalu ri.magazineluiza

Sobre a Retalhar retalhar.com.br