#sanguedeciclista: campanha alerta sobre a insegurança no trânsito

4 ciclistas em frente ao banco de sangue do AC Camargo
Ciclistas posam em frente ao Banco de Sangue do AC Camargo, na primeira edição da #sanguedeciclista (divulgação)

Ciclistas reeditam ação de doação coletiva de sangue no Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos para pedir atenção à pauta da mobilidade ativa

A campanha #sanguedeciclista chama a atenção à importância da doação de sangue e medula óssea, além de pedir mais segurança no trânsito para quem usa a bicicleta ou mesmo anda à pé. Ciclistas de todo o estado de São Paulo estão sendo incentivados a realizarem uma doação de sangue nesta terça, dia 27 de setembro, Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Na capital a concentração será no banco de sangue do AC Camargo Cancer Center.

Esta será a segunda edição da campanha #sanguedeciclista, que foi lançada em junho deste ano, com o mesmo objetivo. O crescente número de acidentes de trânsito envolvendo bicicletas preocupa coletivos de ciclistas e cicloativistas. “Vamos repetir a mobilização para doação coletiva de sangue, que é uma ação solidária, voluntária e cidadã”, convida Renata Falzoni, uma das mais conhecidas cicloativistas do país. “Se querem nosso sangue, vamos entregar no lugar certo”.

Nos primeiros 6 meses de 2022, segundo dados oficiais, aconteceram 162 mortes de ciclistas em decorrencia de acidentes no trânsito, no Estado de São Paulo. Os números devem ser ainda maiores, já que a forma como o registro em Boletim de Ocorrência é feita nem sempre facilita este levantamento. Quando se amplia o olhar para a mobilidade ativa, o número salta para mais de 700 mortes de vítimas não motorizadas no trânsito paulista, em cidades e estradas.

 “Eu infelizmente não posso doar, por ter tido Hepatite C, mas faço questão de participar dessa mobilização, que pode ajudar a salvar muitas vidas”, comenta o professor Eduardo Magrão, que tem a bicicleta como seu meio de transporte há muitos anos. “Queremos mais segurança no trânsito e menos sangue no asfalto”, reforça o ciclista. Os grupos de ciclistas estão divulgando a ação #sanguedeciclista com todas as orientações sobre quem pode e quem não pode doar, e os cuidados necessários para o dia.

Além da doação de sangue, fundamental para abastecer os hemocentros de todo o estado, o movimento também quer chamar a atenção para a importância da doação de outros órgãos como a medula óssea. Para se cadastrar no Redome é preciso ter até 35 anos e as demais exigências são bastante semelhantes ao da doação de sangue. A doação de medula, em si, só é feita quando se encontra um receptor compatível. Para o cadastro é coletava uma pequena amostra de sangue.

Na capital, o grupo de ciclistas doadores e apoiadores da ação é formado pelos principais coletivos da cidade de São Paulo e deve se concentrar amanhã, terça, dia 27 de setembro, a partir das 8h, no Banco de Sangue do A.C. Camargo Câncer Center. Para os participantes, o hospital irá reservar um espaço em que poderão deixar suas bicicletas, enquanto fazem a doação. Será um ato simbólico e, claro, silencioso, uma vez que será em ambiente hospitalar.

Ciclistas de diversas cidades do Estado também devem se mobilizar para ações locais, que irão se somar a este movimento.

#SanguedeCiclista
Doação de Sangue no A.C. Camargo Câncer Center
Terça, 27 de setembro, a partir das 8h
Rua Castro Alves, 131, Aclimação.
Autorizado o estacionamento de bicicletas

Para saber mais sobre a doação de sangue no AC Camargo Cancer Center, veja o site (aqui).

Para saber mais sobre como é feita a Doação de Medula Óssea, veja o site do Redome (aqui)

Veja matéria que publicamos sobre a primeira edição do #sanguedeciclista, neste link