Reprodução de conteúdo enviado pela assessoria de imprensa do Hospital Edmundo Vasconcelos
Apesar dos avanços no tratamento para as DIIs, Doenças inflamatórias intestinais, a conscientização e os diagnósticos precisos continuam sendo necessários
O dia 19 de maio é marcado por ser o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal e, por consequência, todo o mês de maio se tornou célebre pelo Maio Roxo, que visa conscientizar o público em relação a essas doenças. “Em todo o mundo, no mês de maio são realizadas palestras, corridas e iluminação a monumentos públicos que visam conscientizar sobre essas doenças que são tão desafiadoras e que interferem muito na qualidade de vida de seus pacientes”, afirma a médica proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maristela Almeida.
A especialista, que acabou de voltar do Digestive Disease Week (DDW 2023), maior congresso de gastroenterologia que aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos, explica que constantemente novos conhecimentos sobre os mecanismos de inflamação intestinal vêm sendo desenvolvidos e, com isso também, novas drogas vêm sendo apresentadas para o tratamento dessas doenças. “É importante salientar, que a maioria das drogas já estão disponíveis no Brasil, inclusive no SUS, o que nos permite oferecer excelentes alternativas de tratamento aos nossos pacientes, permitindo que convivam da melhor forma possível com essas doenças inflamatórias intestinais”, afirma ela.
Segundo a médica, duas doenças em especial chamam a atenção e merecem o alerta por parte da comunidade médica: a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Abaixo, Maristela explica o que são essas doenças, suas causas e sintomas.
Doença de Crohn (DC)
O que é e principais causas – é uma doença inflamatória crônica, recidivante e que pode acometer desde a boca até o ânus, além de atingir todas as camadas do intestino. Sua causa ainda está em esclarecimento, mas sabe-se que muitos fatores se associam para o seu aparecimento: genética, microbiota intestinal e fatores ambientais, como por exemplo, o fumo.
Sintomas – a doença pode causar estreitamentos e até perfurações que causam fístulas. Então é muito comum o aparecimento de dor abdominal persistente em cólicas e diarreia. Pode causar aftas na mucosa bucal e aparecimento de múltiplas fístulas em região perianal. Como é uma doença que aparece mais frequentemente em adultos jovens (entre 15-30 anos), com um segundo pico após os 60 anos, nos jovens pode levar a um emagrecimento importante, desnutrição e anemia. Nas crianças, por todas essas alterações, pode ocorrer déficit de crescimento.
Retocolite Ulcerativa
O que é e principais causas – A retocolite também é uma doença inflamatória intestinal crônica e recidivante mas que acomete apenas o reto e o cólon (intestino grosso), daí o seu nome. Assim como a doença de Crohn, sua causa ainda está em esclarecimento e pode envolver fatores genéticos, ambientais, comportamentais e microbiota intestinal.
Sintomas – A retocolite se manifesta por diarreia com sangue e muco nas fezes. Outro sintoma muito comum, chamado de tenesmo, é a sensação de evacuação incompleta, que leva o paciente muitas vezes ao banheiro. Por conta de sangramentos frequentes, também é comum o aparecimento da anemia.
Para ambas as doenças, não há um tratamento específico. “O tratamento, baseado em corticoides, imunossupressores, medicamentos biológicos e até cirurgia, deve ser individualizado para melhor resposta. Ou seja, o que funciona para um paciente pode não funcionar para outro e só o médico vai poder ajudar nessa escolha”, afirma Maristela, ressaltando que, se houver um diagnóstico e tratamento adequados, seus portadores terão uma boa qualidade de vida.
Por fim, ela ressalta que não há prevenção para as doenças, mas que a adoção de certos hábitos pode ser de grande importância. “A realização de uma dieta saudável e a adoção de bons hábitos alimentares, não fumar, praticar exercícios e um trabalho de controle sobre emoções como ansiedade, além da realização de exames do intestino com certa frequência colaboram para dificultar seu aparecimento”, finaliza a médica do Hospital Edmundo Vasconcelos.
Sobre o Hospital Edmundo Vasconcelos: Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.000 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 - Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o primeiro lugar no Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar na categoria Saúde - Hospitais, conquistado por três anos consecutivos, 2017, 2018 e 2019.
Saiba mais no site do hospital (www.hpev.com.br) e leia também As cores de Maio pela conscientização.