por Charline Costa Pinho
Vivemos em uma época marcada pela rapidez e pela busca constante por resultados instantâneos. O imediatismo permeia todos os aspectos de nossas vidas, desde a forma como nos comunicamos até como lidamos com nossas aspirações e desejos. No entanto, é crucial ponderarmos sobre os efeitos desse imediatismo em nossa sociedade e nas nossas próprias vidas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a população com a maior prevalência de transtornos de ansiedade do mundo. Aproximadamente, 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica. Em seguida, está o Paraguai (7,6%), Noruega (7,4%), Nova Zelândia (7,3%) e Austrália (7%).
O imediatismo pode ser visto como uma “faca de dois gumes”: por um lado, a disponibilidade imediata de informações, serviços e produtos, trouxe inúmeras comodidades e eficiências para o nosso cotidiano. Através de um simples toque na tela, podemos encomendar comida, pedir transporte, acessar notícias atualizadas e conectar-nos com pessoas as redor do mundo. Por outro lado, essa cultura do imediatismo tem levado a consequências que merecem a nossa reflexão.
Uma das principais preocupações é a superficialidade, que muitas vezes, acompanha essa busca pelo imediato. Relacionamentos interpessoais podem ser afetados, já que a comunicação rápida por mensagens de texto ou redes sociais frequentemente carece de profundidade e da empatia, que uma conversa cara a cara proporciona.
Da mesma forma, a sede por resultados instantâneos pode minar a perseverança e a dedicação necessárias para alcançar metas de longo prazo, seja na educação, na carreira ou em projetos pessoais. Além disso, o imediatismo pode influenciar a nossa saúde mental. A constante exposição a estímulos rápidos e intensos pode levar a ansiedade e ao esgotamento, pois nosso cérebro acostuma-se a um ritmo frenético difícil de sustentar a longo prazo.
Devemos lembrar que a jornada para o sucesso pode ser repleta de obstáculos, retrocessos e aprendizados, que são partes fundamentais do crescimento pessoal. Ao ceder completamente ao imediatismo, podemos perder valiosas oportunidades de desenvolvimento e autoconhecimento.
Portanto, é fundamental encontrar o equilíbrio saudável entre a convivência com o imediatismo e a importância de valorizar os processos mais longos e significativos. Isso envolve ter que aprender a desacelerar, quando for necessário. Além de buscar aprofundar nossas relações pessoais e ter a disposição de investir em tempo e energia para atingir os nossos objetivos.
Por fim, atualmente o imediatismo é uma realidade inegável, mas precisamos considerar suas implicações e tomar medidas conscientes para não permitir que ele direcione completamente as nossas vidas. Ao fazer isso, cultivaremos uma abordagem mais equilibrada e gratificante para enfrentar os desafios e as recompensas que a vida nos apresenta.
Sobre a autora: Charline Costa Pinho é Graduada em Pedagogia, Especialista em Tutoria em EAD, Metodologias Ativas na Docência. Professora e Tutora no Centro Universitário Internacional Uninter.
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