Um dos principais nomes do frevo e do maracatu, Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, tem sua história contada em quatro apresentações em São Paulo, com estreia nesta segunda, 05 de agosto
O musical Capiba, pelas ruas eu vou… é uma homenagem a um dos compositores mais importantes da cultura popular pernambucana, Lourenço Fonseca Barbosa, o Capiba (1904-1997). O espetáculo foi concebido para valorizar a cultura de Pernambuco, ao mesmo tempo que festejar o sucesso de 30 anos de um projeto social criado pela bailarina Cecilia Brennand, o Aria Social.
Capiba compunha em todos os ritmos e tem músicas lembradas não apenas em seu Estado natal, como no Brasil inteiro. Além do frevo que o tornou mais famoso, o artista compunha ainda outros ritmos nordestinos, como o baião e o maracatu, como também valsas e chorinho. “Capiba é o maior compositor de frevos pernambucanos, mas sua obra vai muito além, chegando a mais de 200 composições. É isso que mostramos no espetáculo: a multiplicidade e a riqueza do legado de Capiba“, conta Cecilia Brennand, que assina a direção geral.
A direção musical e a regência do espetáculo são da maestrina Rosemary Oliveira, vice-presidente do Aria Social. Em entrevista concedida à imprensa pernambucana, à época da estreia em Recife, ela contou que “Capiba era bom em tudo que fazia” e por isso, a homenagem a ele se tornou uma “harmoniosa miscelânea musical”. Rosemary formou uma pequena orquestra para o espetáculo, com violinos, viola, violoncelo, contrabaixo, trombone, clarinete, flauta, saxofone, trompete e percussionistas.
No palco estarão, ainda, 43 bailarinos-cantores do Aria Social, projeto que tem sua sede em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife e atende mais de 450 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, transformando vidas por meio da arte. Capiba, pelas ruas eu vou… tem figurino de Beth Gaudêncio, direção audiovisual e videografia de Max Levay, design de luz e operação de Cleison Ramos, design de som e operação de Isabel Brito e projeção de Gabriel Furtado.
Durante cerca de uma hora, o musical apresenta a trajetória do menino nascido em Surubim, no Agreste pernambucano, em 28 de outubro de 1904. Filho de um mestre de banda, Capiba já lia partituras mesmo antes de aprender a ler. Morou na Paraíba e aos 26 anos foi para o Recife, onde trabalhou como funcionário do Banco do Brasil e cursou a Faculdade de Direito do Recife, tudo isso sem nunca deixar a música de lado. Faleceu aos 93 anos, em Recife, no último dia de 1997.
É de autoria de Capiba a música Maria Bethania, que o então garotinho Caetano Veloso adorava, e, quando nasceu uma de suas irmãs, pediu aos pais para que dessem este nome a ela. No espetáculo, serão executadas 16 músicas de autoria do pernambucano: Sem lei, nem Rei, São os do Norte que vêm, Recife Cidade Lendária, É de amargar, Buquê de minha amada, Rosa Amarela, Valsa Verde, É Tororó, Verde Mar Navegar, Minha Ciranda, Cem anos de choro, Missa Armorial, Bela, Chapéu de Sol, É frevo meu bem, Trombone de Prata
CAPIBA, pelas ruas eu vou…
Apresentado por Ministério da Cultura
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Ingressos: De R$30 a R$70
Dias 05 e 06 de agosto, às 20h
Teatro Santander
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 (ao lado do Shopping JK)
Ingressos na bilheteria ou bileto.sympla.com.br/Capiba Teatro Santander
Patrocínio: Banco Itaú, Logos, Grupo Parvi e Veneza
Dias 13 e 14 de agosto, às 20h
Teatro Sabesp Frei Caneca
R. Frei Caneca, 569 – Consolação
Ingressos na bilheteria ou uhuu.com/Capiba Teatro Frei Caneca
Patrocínio: Banco Bradesco, Logos, Grupo Parvi e Veneza
Sobre o Aria O Aria Espaço de Dança e Arte foi criado em 1991 pela bailarina Cecília Brennand com o objetivo de abrigar e integrar todas as artes e contribuir para sua democratização cultural. Em 2004, foi transformado em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), tipo de instituição sem fins lucrativos, e passou a se chamar Aria Social. Com ênfase na formação completa de bailarinos-cantores, na introdução ao universo musical e ao empreendedorismo, o Aria Social produziu 16 espetáculos e mais de 10 mil crianças e famílias foram impactadas pelo seu trabalho. O projeto tem como missão promover a transformação humana através da arte-educação, oferecendo a formação e profissionalização na música e na dança a 588 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Além de apoiar as famílias desses alunos, oferecendo capacitação em técnicas de artesanato e fomentando o empreendedorismo social a 140 mães artesãs, por meio do projeto Casa de Maria, fundado em 2017. Visite: ariasocial.ong.br