15 anos da Segunda sem Carne no Brasil

desenho da campanha segunda sem carne, com dizeres: descubra novos sabores, pelas pessoas, pelos animais e pelo planeta.

Campanha mundial que provoca as pessoas a experimentarem passar um dia sem alimentos de origem animal vem crescendo e conquistando frutos como mais opções de alimentos veganos

Há pouco mais de uma década é quase seguro afirmar que os veganos sofriam para se alimentar fora de casa no Brasil – e em vários lugares do mundo. Campanhas como a Segunda sem Carne, que completa 15 anos, e o Veganuary com seus 10 anos de fundação, ajudam a difundir a ideia de que uma alimentação sem proteína animal pode ser muito gostosa. Hoje, além de restaurantes especializados nessa culinária, há também uma grande quantidade de produtos à venda em supermercados, casas especializadas e memso online.

Para além da questão do paladar, ambas as campanhas, assim como a opção vegana e mesmo a vegetariana, olham para o ato de não se consumir proteína animal com outros olhos. No caso dos vegetarianos prioriza-se “não comer o que foi morto” para chegar ao prato, não excluindo o leite e derivados ou os ovos do cardápio. No caso dos veganos, nada de origem animal é consumido – nem no prato, nem no guarda-roupa, em que peças de couro, por exemplo, inexistem.

A segunda sem carne que completa 15 anos de presença no Brasil, aponta três eixos de benefícios para sua adoção. Pela saúde, afirmando que a alimentação centrada em vegetais favorece a prevenção de doenças crônicas e degenerativas e diminui o risco de diabetes. Ela ainda diminui o risco de infarto e outras doenças cardiovasculares, além do risco de alguns tipos de câncer. Somado a isso, auxilia na controle do peso corporal.

Deixar de comer carne está diretamente ligado à proteção animal. Só no Brasil, segundo dados da organização, cerca de 10 mil animais morrem a cada minuto. Estão considerados na conta animais que de alguma forma vão chegar ao prato do cidadão, geralmente criados com a finalidade de irem a abatedouros para fornecer carne. “Vacas, galinhas, peixes e porcos são idênticos aos cães e gatos quando se trata de dor e sofrimento”, escreve o site brasileiro da campanha.

Por fim, algo que se debate muito na esfera Federal: o impacto das grandes criações de gado para o meio ambiente. De uma forma geral, a Segunda sem Carne explica o benefício para o planeta: a criação de animais para consumo é ambientalmente desastrosa. Desmatamento, perda de espécies, poluição das águas e desequilíbrios nos ciclos de nutrientes (principalmente de nitrogênio e fósforo) dos ecossistemas são alguns dos efeitos ambientais colaterais da atividade pecuária.

Nem todos vão conseguir deixar de se alimentar com produtos de origem animal, mas há dados otimistas e satisfatórios do que a simples ação de deixar um dia sem este tipo de alimento pode representar. Em Moema e em nossa região há muitas opções de locais para uma alimentação sem carne todos os dias, assim como estabelecimentos que são especializados na venda de produtos veganos. É o caso do Açougue Vegano, há anos no bairro, na al. dos Arapanés, 1006 (perfil), e da recém inaugurada unidade do VegSim, na rua Canário (perfil).

Você pode gostar de ler ou reler algumas das matérias que publicamos sobre a Segunda sem Carne e de opções de refeições sem carne na região de Moema (veja neste link).