Espetáculo será apresentado pela UNIOPERA em sua versão original, integral, para orquestra sinfônica, grande coro e solistas, sob regência de Luciano Camargo.
Há trechos da catanta cênica Carmina Burana que são conhecidos pelo público em geral, mesmo sem ter a ideia de que fazem parte de um grande espetáculo, por terem sido usados em publicidade e mesmo em uma cena de novela da Globo. A obra foi composta por Carl Orff em 1935 a1936, e é considerada por alguns estudiosos como uma ‘quase ópera’, devido a sua estrutura. Ela é chamada de cantada por aspectos ‘técnicos’ como a falta de movimentação em cena dos cantores e por não seguir um enredo único e não contar uma história. Trata-se de uma ‘declamação cantada de poemas, embora haja, em sua representação, cenários e vestuário condizente’¹.
Para o público que aprecia o conhecimento sobre as peças e estes detalhes que tornam as composições mais interessantes, a programação da UNIOPERA prepara um momento especial. Antes de cada uma das apresentações há uma conversa com o maestro Luciano Camargo, especialmente para que todos possam aproveitar ainda mais o concerto. Meia hora antes do terceiro sinal, o regente – que também é professor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) – subirá ao palco para conversar com a plateia sobre a obra do compositor alemão Carl Orff, apresentada pela primeira vez em 8 de junho de 1937 na Alte Oper de Frankfurt, sob direção de Bertil Wetzelsberger.
A obra foi escrita baseada em poemas escritos em latim e alemão medievais. Seu título original em latim é “Carmina Burana: Cantiones profanæ, cantoribus et choris cantandæ, comitantibus instrumentis atque imaginibus magicis“, ou, em tradução livre: “Poemas cantados da Baviera: canções profanas, cantadas por cantores e coros, acompanhadas de instrumentos e imagens mágicas“. A obra faz parte de uma trilogia musical que inclui ainda as cantatas Catulli Carmina (1943) e Trionfo di Afrodite (1953). Seu movimento mais conhecido é o coro inicial e final O Fortuna. Os 24 textos foram selecionados da coletânea de manuscritos medievais homónima, os Carmina Burana.
A obra é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera – “Veris laeta facies” ou a alegria da primavera. Na segunda, “In taberna”, preponderam os cantos goliardescos que celebram as maravilhas do vinho e do amor(“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem (“Ave, formosissima”). No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna (“O Fortuna, velut luna”).
O espetáculo poderá ser assistido a partir deste sábado, com espetáculos diários até o domingo dia 27, exceto no feriado do dia 21, segunda-feira.
CARMINA BURANA, de Carl Orff
De 19 a 27 de abril no Teatro Bradesco
Abertura: ÉDIPO REI – Ópera em quatro atos (Ato II), de Luciano Camargo
Classificação indicativa etária: Livre
Orquestra Acadêmica de São Paulo e Coral da Cidade de São Paulo
Regência: Luciano Camargo
Dias 19, 20, 26 e 27 de abril, às 16h
Dias 22, 23, 24 e 25 de abril, às 20h
Teatro Bradesco (Shopping Bourbon)
R. Palestra Itália, 500 – Perdizes
Solistas:
Isabella Luchi (soprano) dias 19, 23, 25 e 27
Débora Neves (soprano) dias 20, 22, 24 e 26
Rodolfo Giugliani (barítono) dias 19, 22, 23, 24, 25 e 27
Sebastião Teixeira (barítono) dias 20 e 26
Rafael Ribeiro (tenor)
Coro piccolo: Fernanda Ribeiro, Alessandra Carvalho e Larissa Guimarães
Realização: Associação Coral da Cidade de São Paulo/UNIOPERA
Fontes: https://operaeballet.blogspot.com¹
https://radios.ebc.com.br/carmina-burana-no-caderno-de-musica
https://pt.wikipedia.org/Carmina_Burana_(Orff)
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