Em dias ‘normais’ – e agora durante o isolamento – a brincadeira com bonecos, trocas de papeis e fantasias diversas, deve ser entendia como parte importante do crescimento das crianças.
O Dia da Infância, comemorado em 24 de agosto, foi criado pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para gerar diversas reflexões. Em todo o mundo, são realizados ações e debates sobre as condições em que vivem nossas crianças. As preocupações são desde as questões de saúde, condições sociais e, também, educacionais.
Uma das bandeiras sempre lembrada nesta ocasião é a realização dos exames básicos na primeira infância, como o exame do pezinho logo no nascimento. Acesso à escola e à alimentação também são importantíssimos, assim como a segurança os pequenos. Especialmente este ano, com o isolamento social, outros pontos acabam ganhando destaque.
Isolados em casa por mais de cinco meses, nem todos os pequenos têm irmãos ou primos que moram sob o mesmo teto para interagirem. Não é indicado antecipar o contato com amiguinhos, afinal, estamos em uma grave situação de pandemia. Mas o espaço do brincar deve ser preenchido dentro de casa.
“O brincar é fundamental para a formação da criança. pois ela se apropria-se da realidade, estabelece as suas relações sociais e utiliza toda a sua corporeidade, nas suas dimensões motora, cognitiva e afetiva”, explica Rogéria Sprone, Diretora Pedagógica do Colégio Joseense.
A importância da interação
É importante que os adultos possam separar momentos para brincar junto com as crianças, deixando os eletrônicos de lado, e procurando atividades criativas. Brincar de bonecas, inventar histórias, vestir fantasias ou construir objetos é bastante importante e pode ser uma atividade prazerosa entre pais e filhos.
“Quando brinca de faz de conta, a criança assume papéis, desenrola um enredo e constrói interações. Elas conseguem expressar suas dificuldades, contradições e se sentem motivadas a lidar com o acaso, uma vez que a história é construída no desenrolar da brincadeira”, complementa Rogéria Sprone.
Brincadeiras de movimento também são importantes, especialmente na infância, mas é preciso observar a segurança. Em lares que não tenham um quintal, ou que existam muitos objetos ‘quebráveis’ devem existir limites para a corrida. Isso não precisa impedir um jogo de esconde-esconde, por exemplo, com regras adaptadas.