Por Juliane Verdi Haddad
Pesquisas mostram que adolescentes vivem “sequelas emocionais” após a pandemia da Covid-19, a sensação de insegurança e medo para muitos continua após o término do isolamento. Jovens que já apresentavam quadros de ansiedade foram os mais afetados. Pessoas com medo de se expor, como fóbicos sociais, estão com mais dificuldade nas interações sociais, pois o estilo de vida adotado durante a pandemia, como não interagir com pessoas, os pensamentos associados ao medo de contaminação e um estado permanente de ansiedade, agravam o sofrimento e dificultaram o retorno à vida normal.
Sair com pessoas, voltar para sala de aula, participar de eventos sociais se tornou, para muitos, motivo de sofrimento e sensação de incapacidade, sintomas físicos como taquicardia, sudorese, boca seca, frio na barriga entre outros são relatados com frequência. Uma forma de amenizar a ansiedade é a pessoa estar atenta aos pensamentos que geram o medo e procurar focar na realidade, lembrando que o pior já passou, temos as vacinas e os médicos já conhecem o tratamento para o Covid-19, portanto, temos condições de viver com mais tranquilidade.
Buscar uma técnica de relaxamento também contribui para sair do stress causado por esse turbilhão que passou em nossas vidas.
Gostaria de destacar sobre o uso da tecnologia no tratamento de ansiedade. As ferramentas tecnológicas nos possibilitaram aprimorar a terapia on-line, onde fazemos uso das tecnologias de ponta para observar o paciente, monitorando-os inclusive nas técnicas de relaxamento. Hoje, também contamos com recursos de realidade virtual para exposição em caso de fobias e para aplicação de técnicas de manejo de ansiedade.
Sobre a autora: Juliane Verdi Haddad (@julianeverdihaddadpsi) é psicóloga há cerca de 30 anos e atua principalmente com a terapia cognitiva comportamental. Ela investe na realidade virtual, como ferramenta para melhorar a qualidade de vida das pessoas, utilizado a técnica principalmente no tratamento de pacientes com fobias.
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