Campanha de doação de sangue convocada por cicloativistas e coletivos de bikers da cidade terá nova edição na quarta, 14 de junho, às 11h no AC Camargo Câncer Center
A edição campanha #sanguedeciclista une mais uma vez este ano as duas causas, o alertas pela falta de segurança enfrentada pelos ciclistas em São Paulo e a constante necessidade de doadores dos bancos de sangue de todo o estado, em especial da capital paulista. Ela acontece na próxima quarta (14), Dia Mundial do Doador de Sangue, com doação coletiva no A.C. Camargo Câncer Center, no horário ‘do almoço’.
O número de acidentes de trânsito envolvendo bicicletas não para de crescer. Isso acontece não apenas por imprudencia de motoristas, mas também pela ocupação indevida por veículos nas ciclofaixas, que obriga quem está de bicicleta e sair de seu local segregado e ir para a pista normal. Essa realidade é vista com frequencia aqui na região de Moema. Basta dar uma volta para se deparar com diversas infrações. Ciclistas que não tomam cuidado também são uma realidade, mas seu número e suas atitudes não justificam o risco para quem anda de forma correta, nos locais adequados.
Esta é uma preocupação constante para coletivos de ciclistas e cicloativistas. Somente nos primeiros dois meses deste ano, 52 mortes foram registradas no estado de São Paulo, em números oficiais do Infosiga. A quantidade pode ser ainda maior, uma vez que as estatísticas se baseiam em informações dos boletins de ocorrência, que nem sempre são preenchidos segundo o padrão. Entre janeiro de 2015 e janeiro de 2023, 2.811 ciclistas perderam a vida no trânsito paulista.
Bikers de toda a cidade se reúnem mais uma vez para chamar a atenção da sociedade em geral para este assunto. Eles programaram o que pode ser chamado de ‘protesto do bem’, uma mobilização para doação de sangue na próxima quarta, dia 14 de junho, Dia Mundial do Doador de Sangue. “Se querem nosso sangue, vamos entregar no lugar certo”, convida Renata Falzoni, uma das mais conhecidas cicloativistas do país. “Queremos mais segurança no trânsito e menos sangue no asfalto”, completa
A concentração para esta ação, que deve ter representantes dos diversos coletivos de ciclistas da capital será na quarta, dia 14 de junho, a partir das 11h no Banco de Sangue do A.C. Camargo Câncer Center, que tem um dos diversos bancos de sangue na cidade, com estoques reduzidos. Ciclistas de outras cidades são convidados a procurarem os bancos de sangue locais para aderir ao movimento. Será um ato simbólico e, claro, silencioso, uma vez que será em ambiente hospitalar. Ciclistas que são impedidos de doar sangue também são bem vindos, para mostrar a importância do ato e a seriedade das duas causas.
#SanguedeCiclista Doação de Sangue no A.C. Camargo Câncer Center Quarta, 14 de junho, a partir das 11h Rua Castro Alves, 131, Aclimação. Autorizado o estacionamento de bicicletas
Lembre como foi a primeira edição da campanha, em Dia Internacional da Bicicleta é comemorado com doação de sangue
Para conhecer mais os coletivos e cicloativistas, acesse os perfis: @saiadanoite; @bikezonasul; @bikezonaoeste; @bikezonanorte; @bikezonaleste; @bikeelegal; @bikeanjo.
Veja aqui se você pode ser um doador de sangue: Pesar acima de 50 quilos; Ter entre 18 e 60 anos (candidatos com idade entre 16 e 18 anos podem doar mediante autorização dos pais ou responsáveis e candidatos com idade entre 60 e 69 anos podem doar se tiverem realizado ao menos uma doação anteriormente); Estar em boas condições de saúde, em repouso mínimo de seis horas e ter feito uma refeição nas últimas três horas sem alimentos gordurosos; Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas; Não possuir nenhuma doença crônica do tipo cardíaca, vascular, renal ou reumática; Não ter tido câncer; Não ter tido gripe ou febre nos últimos 15 dias; Não estar grávida, ter tido aborto ou parto há menos de três meses ou estar amamentando; Não ter feito nenhum procedimento endoscópico nos últimos seis meses; Não ter feito tatuagem ou piercing há menos de 12 meses; Não ter fator de risco, antecedentes ou infecções atuais por agentes transmitidos pelo sangue; Não ter viajado para regiões endêmicas para malária, zika, chikungunya, dengue e febre amarela e não ter residido por mais de três anos na Europa, devido ao risco de Creutzfeldt-Jakob (doença da vaca louca); Não ter recebido transfusão há menos de um ano. Observações: O uso de medicamentos, vacinas, acupuntura e piercing são avaliados individualmente. Quem teve COVID pode doar depois de 10 dias após o diagnóstico de cura;