O Brasil é o país mais ansioso do mundo, segundo OMS

peças de um jogo de palavras cruzadas, formando as palavras saúde mental em inglês - mental health.
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Da série de meses com cores, janeiro ganhou a cor branca, para chamar a atenção para a saúde mental!

O mês de janeiro já está em sua quinzena final, mas a importância da cor branca designada a ele não pode deixar de ser lembrada! Janeiro Branco é um mês de campanha para evidenciar temas ligados à saúde mental e dados para justifica a ação, não faltam. Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2019, aponta o Brasil como o país mais ansioso do mundo. Outro dado impressionante é o aumento de consumo de antidepressivos no país, da ordem de 23% entre 2014 e 2018, segundo a Funcional Health Tech.

De acordo com a OMS, saúde mental não é apenas ausência de doença ou sintomas, mas um estado completo de bem-estar físico, emocional e social. “Se o indivíduo percebe que algum setor de sua vida está apresentando dificuldades, é o momento de buscar ajuda para um tratamento rápido e eficaz. “, alerta Ygor Czovny, psiquiatra da Clínica Maia.

Segundo o médico, é preciso ficar atento a sinais de que a saúde emocional pode não estar bem. São exemplos o excesso de pensamentos negativos ou os medos (infundados) constantes. Muitas vezes, família e amigos podem detectar estes sinais de forma mais clara que a própria pessoa afetada. Fazem parte da lista de alertas, a tristeza intensa e sintomas físicos de ansiedade como taquicardia, sudorese, frio na barriga.

Segundo o especialista, foi na década de 70 que o Brasil passou a compreender a saúde mental como um dos Direitos Humanos no país. A Reforma Psiquiátrica foi um movimento mundial, importante para entender a saúde emocional como fundamental para lidar com a correria e turbulência do cotidiano. Segundo a OMS são quase 20 milhões de brasileiros sofrendo com sintomas de transtornos de saúde mental. “Direcionar um mês do calendário anual para discutir sobre a saúde emocional é um grande presente e precisamos aproveitá-lo com afinco”, destaca Ygor Czovny.