Máscaras para crianças

imagem mostra duas crianças pequenas, de costas caminhando de mãos dadas, elas estao com vestidos floridos
Imagem de Cheryl Holt por pixabay

O retorno às aulas presenciais foi autorizado (e incentivado) pelo governo estadual e as escolas foram classificadas como serviço essencial, ou seja, não fecham mais. Para os pais que estão levando seus filhos às aulas, é fundamental o entendimento do uso das máscaras.

Mesmo com o início da vacinação, o tempo para imunizar a população toda ainda não pode ser estimado, existem muitas variáveis. Outro ponto é que as vacinas não foram testadas em menores de 18 anos. Qualquer informação sobre imunização para crianças e adolescentes, no Brasil, por enquanto, é falsa. Todas as pessoas que saem na rua devem tomar cuidados e se prevenir. Isso inclui a higiene das mãos, o distanciamento físico e o uso de máscaras. Evite sair se não houver necessidade.

O Governo de São Paulo divulgou, através de seu Secretário de Educação, que escolas são consideradas serviços essenciais. Desta forma, mesmo se a pior fase da pandemia voltar, as aulas continuam presencialmente, com número de alunos em sala reduzido. Atualmente, estamos na fase laranja, que prevê um terço dos alunos em sala a cada dia letivo. As famílias optam por levar ou não a criança na escola, em seu dia. É bom lembrar que é obrigatório assistir as aulas diariamente, seja de forma remota, seja presencialmente.

Máscaras os pequenos

cerca de um mês, publicamos uma matéria falando especificamente sobre os tipos de máscaras e cuidados com elas (relembre aqui). As orientações não se alteraram e é importante tê-las sempre em mente, inclusive para orientar melhor as crianças. A Dra. Felícia Szeles, pediatra com especialização em Alergia e Imunologia, aconselha que, antes de sair de casa, pode ser interessante fazer uma adaptação com a criança. Ela lembra que dependendo da idade de maturidade, pode ser mais difícil para a criança internalizar esta necessidade.

Por este motivo mesmo, para os pequenos é importante ver seus pais ou responsáveis usando as máscaras. Algumas vezes, usar máscaras combinando tipo ‘mãe e filho/a’, ou ‘pai e filho/a’ pode ser uma motivação a mais. “As crianças têm sempre como referência as pessoas que mais convive, por isso, o exemplo é fundamental na hora de explicar a importância de se proteger com a máscara”, comenta a pediatra. “E quanto mais tratarem a máscara como algo leve e divertido, menores as chances de resistência”.

Para os Bebês

Apesar do uso da máscara ser fundamental para todos, há uma faixa para  qual ela é contraindicada. A Dra. Felícia alerta que as crianças, antes dos dois anos de idade, não devem usar a máscara. A orientação está em linha com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e com órgãos internacionais. Até essa idade, existe um risco de sufocamento, principalmente por falta de autonomia. Após os dois anos, o pediatra clínico de cada criança deve orientar quanto ao uso.

Apesar da recomendação da SBP, é preciso uma avaliação personalizada do médico que faz o acompanhamento para indicar a idade certa para se começar a usar. Vários fatores podem adiar este início, como o desenvolvimento cognitivo ou certas doenças que possam ser agravadas o uso da máscara. É importante lembrar que fora os casos em que o pediatra contraindica, todas as demais devem usar. A maior parte das crianças é assintomática, ao menos quando se lida com as sepas conhecidas hoje. Mas elas podem transmitir o vírus que carregam, sem se dar conta e, por isso, o uso da máscara é obrigatório.

Contato com a Dra. Felícia Szeles: Clinica Szeles