I Jornada Empreendedoras na Quarentena

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A série online apresenta histórias de sucesso de mulheres que superaram problemas profissionais ao longo desta pandemia e oferece consultoria a quem ainda quer empreender

Com exibição diária sempre às 20h, a partir deste domingo, a I Jornada Empreendedoras na Quarentena surge como um alento neste momento de crise.  A fase não é positiva para muitas pessoas e vemos a cada dia mais negócios fechando. A série de entrevistas, que passa a ser exibida esta noite, traz histórias de 14 mulheres que conseguiram alterar esse desfecho. Seus relatos vão mostrar não apenas as oportunidades que elas viram na crise, mas de que forma puderam mudar de vida durante a quarentena.

Para não ser apenas uma exibição de casos de sucesso e torná-los um fator motivador, a Jornada Empreendedoras terá a participação de consultores. Com empatia, diante de um dos momentos mais difíceis da história recente, eles se dispuseram a oferecer gratuitamente orientações. Os consultores participantes estarão online e vão tirar dúvidas de quem quer abrir um negócio ou se reinventar. O evento que segue até dia 09.04, pelo Youtube, foi idealizado pela jornalista e empreendedora cultural Aline Veroneze.

Novos negócios na pandemia

A idealizadora da I Jornada Empreendedoras na Quarentena comenta que pesquisa realizada pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas em agosto de 2020, mostrou um sucesso maior de mulheres neste período de pandemia. Os dados mostram que as empreendedoras brasileiras foram mais ágeis e eficientes ao implementar inovações que os homens. “As mulheres estão remando contra a maré e mudando suas realidades, apesar de todos os pesares e precisamos mostrar isso, fazer uma agenda mais positiva’, destaca Aline Veroneze

De acordo com o Sebrae/FGV, uma das diferenças entre homens e mulheres, que tem impacto direto no momento atual é o uso da internet. As mulheres já aderiram ao uso de redes sociais e aplicativos para vender seus produtos. São 71% delas, enquanto, entre os homens, penas 63% adotaram essas ferramentas. Para os organizadores da pesquisa há duas explicações possíveis para esta diferença, que envolvem escolaridade e faixa etária dos grupos de empreendedores.

A escolaridade entre as mulheres é um pouco superior, apontando 63% delas com nível superior incompleto ou mais, contra 55% dos homens, nos mesmos níveis de escolaridade. Com relação à idade – e nos falta o dado de sucesso x faixa etária – o percentual de mulheres jovens empreendendo é maior do que de homens (24% delas têm até 35 anos contra 18% deles). Na jornada, os exemplos (veja relação abaixo) incluem diversos perfis femininos, quem em comum possuem o fato de empreender porque enxergaram a crise como oportunidade.

Mulheres da Jornada Empreendedoras na Quarentena

Alice Pimentel e Daniela Meliande – de empresárias do ramo de decoração e buffet infantis a sócias em empresa de caixas criativas personalizáveis. “Quando chegou a pandemia os eventos pararam. Quando todos viram que não tinha prazo pra acabar, eles começaram a ser cancelados e as pessoas passaram a pedir o dinheiro de volta”. Em maio, elas resolveram experimentar um novo produto para vender no Dia dos Namorados. Nasceu a primeira caixa, que deu certo e gerou a @boxetc. São modelos de caixas  de tamanhos e preços variados para várias ocasiões.

Anna Luiza Stofeles – de cirurgiã auxiliar a dona de um consultório: “Sofri um acidente grave e quando voltei a trabalhar, tudo fechou. Aquilo mexeu muito com a minha cabeça. Eu sempre prestei serviço, mas tive que ter coragem para transformar minha profissão em um negócio.”  Empreender para ela foi uma necessidade financeira e também para a sua saúde emocional. A @draannastofeles fez uma consultoria financeira e foi incentivada a exercer e remunerar o que a sua a formação já permitia. Ela abriu um consultório para fazer procedimentos estéticos.

Bia Vinciprova – de consultora de imagem e estilo a dona consultoria corporativa:  “Minha vida estava bem tranquila. Trabalhava como consultora de imagem, atendendo na casa das minhas clientes ou na minha casa. Pouco antes da pandemia, fiz um curso de consultoria corporativa e me encantei”. Ela empreendeu e está transformando a sua história. Uma das suas maiores motivações é mostrar pra filha que uma mulher determinada pode ser mais forte e ir mais longe do que ela pode imaginar.

Bruna Sixel – de aeromoça à dona do estúdio de estética:  “Fui demitida na pandemia, após 10 anos trabalhando como comissária. Me vi perdida, eu achava que não sabia fazer nada. Eu só sabia voar.”  Ela transformou a insegurança em determinação e o dinheiro da rescisão no Estúdio BSX @Studio.BSX

Cátia Braga –  de cozinheira em casa de família a dona de um buffet:  “Fui demitida depois de 4 anos trabalhando em uma casa de família e queria investir o dinheiro da rescisão em um espaço para cozinhar, mas com tudo fechado por conta da pandemia eu não pude. Fiquei com medo do dinheiro acabar e de não conseguir abrir nada”. Com as vendas de seus quitutes,  conseguiu ao lado do marido manter todas as contas em dia. Ainda em o sonho de se tornar uma empresária do setor. 

Clarissa  Fernandes – de professora a vendedora afiliada:  “Trabalho com educação infantil e quando fui demitida não tinha como procurar emprego com as escolas fechadas. Fiquei sem nenhuma fonte de renda e sem perspectiva”. Com a sua área de atuação parada, ela se reinventou e passou a realizar vendas como afiliada em uma plataforma – @ClarissaStore2020

Fabiana Pereira – de enfermeira a consultora acadêmica: “Eu quero impactar vidas e tornar as pessoas grandes. A mesma dificuldade que eu superei, quero ajudar as pessoas a conseguirem também”. Com perda auditiva bilateral severa, sem poder fazer leitura labial em função das máscaras, precisou ser transferida para a área administrativa. Com a consultoria acadêmica (@tcc_escritacientifica) ela conseguiu aumentar significativamente a sua renda e autoestima.

Júlia Tápias – de funcionária à dona de ateliê de arquitetura: “A empresa nasceu do desafio que meu irmão me fez. Eu botei despretensiosamente o vídeo da reforma que eu fiz do quarto dele nas nossas redes sociais e viralizou.” Ela teve solicitações de orçamentos do seu trabalho antes mesmo de se lançar no mercado. Recém-formada, ela agarrou a oportunidade, criou a sua marca e uniu forças com outro arquiteto da família, no @astral.atelie.

Marina Molina – de criadora de conteúdo a empresária de marketing digital: “Com a pandemia, todos os meus contratos sumiram. Resolvi tirar um projeto antigo do papel de ensinar as pessoas a crescerem no Instagram. Me capacitei e comecei mais uma empresa para o lançamento de cursos de outras mulheres”.  O @aprendendocommarina é um negócio de sucesso, não só para ela como também para suas sócias e clientes.  

Nadyr Almeida – de assistente comercial a dona de uma marca de peças de crochê: “Depois de um imprevisto pessoal muito grande fui demitida da empresa que trabalhei por muitos anos, resolvi dedicar um tempo para os meus filhos. [com a quarentena] Precisei buscar uma alternativa de algo que desse algum dinheiro e prazer para me ajudar a não surtar com aquela situação”. Formada em Design de Moda, começou a sua marca @fio_handemade de forma despretensiosa. Depois de perder o marido e sem emprego, o crochê deu a motivação e realização para seguir em frente.

Tássia di Carvalho  – de assessora de imprensa a idealizadora de uma plataforma de fomento ao empreendedorismo periférico:   “Antes da pandemia, a minha agência estava começando a crescer, mas com a quarentena tudo parou. O que me gerou renda por 4 anos, não gerou por 6 meses em 2020”. Ela percebeu que outros negócios, especialmente dentro das favelas tinham dificuldade de conseguir clientes. Passou a dar curso de comunicação digital para pequenos empreendedores. Não só resolveu o seu problema da falta de clientes, como também conseguiu ajudar muitas pessoas com o @periferico.co a se adaptar para conseguirem continuar trabalhando.

Thayane Vieira – de prestadora de serviço a dona de um consultório odontológico: “Sou dentista, presto serviço essencial. A clínica onde eu atuava simplesmente não abriu. Então decidi não trabalhar mais para ninguém. Enquanto todo mundo fechava e eu abri o meu primeiro negócio”.  Aproveitou a oportunidade em que outros profissionais estavam vendendo seus equipamentos mais baratos e empreendeu.  

Vanusa Campos  – de administradora à confeiteira: “Eu estava desempregada e pensei em fazer panetones para conseguir ganhar algum dinheiro. Aprendi a receita através de um vídeo no Youtube e neste primeiro mês ganhei três vezes o valor do meu antigo salário. Não foi difícil empreender porque antes eu não era feliz.” Hoje, poucos meses depois, fazer doces não é só a fonte de renda dela, mas sim a realização pessoal e profissional, na @meladoamargo.

Jornada Empreendedoras na Quarentena 
Domingo(04) a sexta (09), às 20h
Pelo canal do Youtube da Jornada Empreendedoras
A jornada é embalada ao som de Lilith, música inédita, de autoria de Ikky e executada pela Paris Paris Produções. Empreendedoras na Quarentena foi executado com fomento do Programa de Retomada Cultural na Região Metropolitana pela Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro pelo Edital Retomada Cultura Lei Aldir Blanc.

Para mais eventos culturais desta Páscoa, veja a agenda que publicamos na última sexta: agenda-cultural-na-pascoa/