Artigo: O que você come te deixa mais (ou menos) estressado

imagem das mãos de uma pessoa, aparentemente um homem adulto, escrevendo à caneta em algumas folhas, são vists as mãos e parte dos braços com camisa de mangalonga azul clara. a mão direira escreve com a caneta e a esquerda está apoiada segurando os papéis.
imagem free-photos/pixabay
por Diogo Círico

A ciência vem se dedicando, nos últimos anos, a estudar a relação entre nosso intestino e o cérebro. O avanço dessas pesquisas deixa claro que o que escolhemos colocar no prato influencia diretamente nossa saúde mental. Não à toa, em julho, artigo científico do Neurology Journals, da Academia Americana de Neurologia, colocou a alimentação saudável e a prática de atividade física como dois dos pilares essenciais para a saúde do cérebro.

O que se sabe, hoje, é que uma dieta equilibrada, bons hábitos e a prática de atividade física ajudam a microbiota intestinal a produzir substâncias que fortalecem o sistema imunológico. Sabe-se, também, que os micro-organismos que vivem no nosso intestino colaboram diretamente na produção hormonal, abrindo um canal de comunicação com o cérebro.

Essa ligação direta ocorre, também, por meio das células do sistema imunológico e das moléculas produzidas a partir do metabolismo de tudo que comemos. Essas moléculas servem como combustível para os neurotransmissores da região que regula nosso estresse emocional.

E é por causa de todas essas conexões que devemos aumentar o consumo de vegetais e reduzir o de alimentos ultra processados, como embutidos, salgadinhos e temperos prontos, se quisermos melhorar nossa saúde mental.

Os alimentos não processados são ricos em vitaminas do complexo B, que auxiliam no metabolismo de energia e na síntese de neurotransmissores. Proteínas de carnes magras, frango, peixe, ovos e leite fornecem aminoácidos essenciais e o triptofano, que ajudam nossa fábrica de neurotransmissores e na produção de serotonina, um dos hormônios da felicidade.

Entre os alimentos que devemos colocar no prato para melhorar nossa saúde física e mental estão a banana, semente de abóbora, soja, grão-de-bico, tâmara seca, amendoim, leite, carne, peixe e peru. Outra recomendação para combater o estresse é buscar alimentos ricos em ácidos graxos poli-insaturados essenciais e Ômega-3. Eles estão presentes no salmão, sardinha e arenque. Mas, quando não for possível consumir esses alimentos, é recomendável o uso de suplementos.

Outra dica importante é usar alimentos presentes na chamada Dieta do Mediterrâneo. Pesquisas demonstraram que os pacientes que consumiam uma dieta à base de peixes, azeite, grãos, frutas e legumes tinham menos risco de desenvolver depressão, estresse e ansiedade.

É claro que isso tudo não é “mágica” para curar, nem é uma armadura para evitar o estresse. O mundo já anda desgastante demais e precisamos estar preparados. Mas é imprescindível entender que nossa dieta afeta o corpo como um todo, inclusive nossa saúde mental. A boa alimentação é o caminho mais curto para responder ao estresse mental e suas implicações no metabolismo físico.

Sobre o autor: Diogo Círico é nutricionista especialista em Nutrição Funcional e responsável técnico da Growth Suplementos

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