Doação de tampinhas cresce no Brasil

baner do projeto tampinha legal com os dizeres 'cada tampinha faz a diferença'

A doação de tampas plásticas, através do programa Tampinha Legal, cresceu aproximadamente 50% em 2022 e garantiu renda extra para várias ONGs e entidades assistenciais.

A separação do lixo para reciclagem é uma realidade que – felizmente – já está entrando com naturalidade na rotina dos brasileiros. Em São Paulo, segundo a prefeitura, 76% das vias da cidade são atendidas pela coleta seletiva que é feita por duas concessionárias (links abaixo). Quem não está em uma destas ruas e avenidas tem, ainda, a possibilidade de levar seu lixo separado para um posto de coleta, que pode ser tanto em um empreendimento particular, como em postos da própria prefeitura. Existem alguns cuidados para o descarte correto dos recicláveis, o que inclui olhar atento às tampinhas.

Há poucos dias, a Associacao de Amigos do Jardim Novo Mundo – esse cantinho charmoso de Moema, entre a Eucaliptos e a av Bandeirantes – fez uma postagem falando especialmente delas. Quem não for doar as tampinhas e for descartar no lixo reciclável deve jogá-las na lixeira ‘atarrachadas’ com as garrafas! O motivo é simples: “as tampinhas separadas, por serem muito pequenas, passam batido nas Centrais Mecanizadas de Triagem, nas esteiras das cooperativas e o material, que tem alta reciclabilidade, acaba no aterro sanitário”.

Como doar as tampinhas

A nossa sugestão é fazer a tampinha valer ainda mais, com um lado de participação social. Existem diversas associações e causas que recolhem as tampinhas como forma de ‘campanha financeira’ por meio do programa Tampinha Legal. O programa tem caráter educativo em Economia Circular da indústria de transformação do plástico. Em 2022, a venda do material arrecadado ultrapassou R$ 2,5 milhões de reais, integralmente destinados para as entidades assistenciais participantes. As iniciativas precisam se cadastrar junto ao programa e recebem as instruções para recolhimento e entrega.

No aniversário de São Paulo, conhecemos durante o evento Cidade do Futuro (link), o Projeto EcoPatas, que realiza trabalho de castração em animais abandonados e tem essa ação de recolher as tampinhas. Nem todas as ONGs conseguem, no entanto, fazer essa ação, ainda que tenham vontade. Uma dessas é A Alternativa, ong que está quase chegando aos 40 anos de história aqui no Brooklin, trabalhando com adultos e idosos com deficiencia intelectual, mas infelizmente ainda não tem voluntários que possam lavar e selecionas as tampinhas. O material que é entregue a ela, eventualmente, é repassado para outras entidades.

Na hora de entregar para a Tampinha Legal, as ONGs devem ter uma quantidade mínima recolhida e as tampinhas precisam estar separadas por cor, em sacos de ráfia, para serem pesadas, além, é claro de estarem limpas.

Atualmente o projeto tem mais de 3 mil pontos de coleta distribuídos por vários estados do Brasil. “É tão simples e fácil impactar positivamente nas vidas de tantas famílias através do Tampinha Legal que todos querem participar”, explica Simara Souza, gerente do Instituto SustenPlást. Ela acrescenta que “o Tampinha Legal tem como objetivo aumentar os níveis de esclarecimento quanto ao destino adequado dos resíduos plásticos e aumentar 50% em um ano é a confirmação de que estamos tendo sucesso”.

imagem de um mapa da regiao de moema com diversos pontos vermelhos marcados, em que estão os locais de coleta de tampinhas
pontos de coleta de tampinhas plásticas, espalhados por nossa região!

Diversas empresas e até condomínios e algumas estações de metrô tem pontos de coleta de tampinhas plásticas. Para saber a localização, como no mapa da imagem, acesse o site do Tampinha Legal. No site e em alguns dos pontos de coleta você pode tirar dúvidas sobre as tampinhas que são válidas para a ação. De uma forma geral, as tampas plásticas feitas em plastico mais resistente, incluindo tampas de potes de margarina, shampoo, garrafas pet, sucos e amaciantes, entre muitas outras. É importante frisar que os valores obtidos são destinados integralmente para as entidades assistenciais participantes sem rateios de material ou repasses de valores. O programa não recebe comissões e/ou gratificações sobre o material coletado.

As duas empresas que fazem a coleta seletiva na capital paulista são a Loga e a Ecourbis. Na região de Moema, a responsável é a Ecourbis. Para saber os horários em que o caminhão passa em sua rua, pesquise em ecourbis.com.br/horários da coleta

Para ver a postagem feira pela Associação ANMA, acesse este link.

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