Prejuízos causados pelo caos pós-temporal especialmente na capital e grande São Paulo podem ser motivo de pedidos de indenização que, segundo a “Religa”, pode chegar a R$10mi.
A região de Moema, assim como grande parte da cidade e região metropolitana, sofreu com as consequencias da chuva da última sexta-feira. O temporal não foi muito longo, mas deixou um rastro gigantesco: foram centenas de árvores derrubadas, muitas delas sobre a rede elétrica, além de muros, telhados e carros. Pelo monitoramento extra-oficial através dos diversos perfis nas redes sociais, relacionados com nosso bairro e de caminhadas pelas ruas, vimos que uma parcela relevante de nossa região ficou sem energia pelo menos até o domingo.
Com relação à internet e serviços de TV por assinatura, algumas operadoras como TIM e Vivo conseguiram retomar seus serviços no mesmo dia das chuvas, outras como a Claro, informava no horário de fechamento desta matéria, que o retorno do sinal seria apenas no início da noite de segunda-feira (06)
Os problemas de fornecimento de energia elétrica no Brasil são tão recorrentes que existe uma startup especializada pontualmente em apoiar consumidores neste assunto, chamada “Religa“. A empresa lida diretamente com apoio em situações como a falta de luz prolongada, como no caso do fornecimento interrompido a partir do temporal, orientando pedido de indenizações pela Enel. Também estão no radar da startup os cortes de energia injustificados e a negativação indevida.
Apenas neste fim de semana, a startup viu o número de acessos à plataforma crescer 566% no domingo (5.11) em relação a sexta-feira, dia da tempestade que deixou milhares de residências e estabelecimentos comerciais sem luz. No sábado, o volume já havia sido 150% maior na comparação com o dia anterior. A grande maioria dos acessos foram de consumidores da capital, consultando possibilidade de indenizações pela Enel.
Segundo Raquel Alves Lima, chefe de operações da startup, as indenizações por danos morais pela ausência prolongada de energia elétrica podem chegar a R$ 10 mil. “Isso sem contar os valores por danos materiais que são calculados, por exemplo, sobre alimentos que se estragaram na geladeira devido à falta de energia e, no caso de estabelecimentos comerciais, até mesmo por perda de faturamento pela ausência de condições de manter o negócio aberto”, afirma a especialista.
De acordo com o advogado Antonio Maia, especialista em Direito do Consumidor, a legislação prevê que a energia elétrica deve ser restabelecida em no máximo 12 horas após o término de uma tempestade. “Isso não ocorreu em muitos casos, evidenciando que a companhia de energia não estava preparada para fornecer a assistência necessária aos seus clientes, que foram lesados e viveram uma situação caótica no último fim de semana, diz Maia.
No sábado eu fiquei o dia todo sem energia aqui dentro de casa e tem gente que conheço que ficou 3 dias sem luz, lamentável.