Mostra aberta nesta sexta, 19, reune coleções particulares e de instituições que vão desde algumas mais comuns como postais e canetas, até outras mais exóticas, como bicicletas ou banquinhos!
É difícil conhecer algum adulto que nunca teve ao menos uma pequena coleção. No Brasil, colecionar objetos, pelo menos até há alguns anos, fazia parte de nossa cultura. Crianças costumavam colecionar adesivos, ou papéis de carta, canetas ou moedas. As coleções de selos, envolviam diferentes gerações e também diferentes estilos ou focos, dentro do tema. Esta atividade que para muitos foi passageira, tem o nome oficial de Colecionismo, e é cultivada de forma sérias, por pessoas ao redor do mundo.
Será aberta hoje, sexta, dia 19 de abril, no Farol Santander, no centro da cidade, a exposição Colecionismo: o belo, o raro, o único. A tem curadoria de Carlos Faggin e Diana Malzoni e reune quinze ‘amostras’ de coleções diferentes, sendo duas de instituições e as demais de colecionadores particulares. Cada um dos colecionadores convidados teve um primeiro desafio, que foi selecionar entre seus acervos os objetos que seriam expostos nesta mostra. Cada expositor também contou aos curadores o motivo de sua paixão por aquele objeto, o que rendeu lindos textos que estão nas paredes do espaço expositivo.
Entre as várias coleções da mostra está a coleção de óculos, que é parte do acervo do Museu dos Óculos, situado no bairro do Bixiga, atualmente fechado e com reabertura marcada para dia 1º de agosto. Harry George, curador do museu, conta que entre as centenas de exemplares do acervo, ele separou 87 pares pra esta mostra, de estilos e épocas distintas. Entre eles, existem raridades, como um modelo do primeiro óculos feito no mundo e preciosidades, como os óculos vermelhos de Jô Soares, dois pares de óculos de Rita Lee, um óculos de Elis Regina, entre outros.
A fundo da sala, se encontram cinco bicicletas, sendo uma réplica de uma ‘bike’ dos anos 1870, com a roda dianteira muito grande e a traseira bem pequena. Um par de bicicletas verde-amarelas chama a atenção. São modelos de uma bicicleta comemorativa produzidas pela Caloi em 1966. A Campeoníssima Canarinho, nas versões masculina (com uma figura de jogador de futebol) e feminina (com uma pequena taça Jules Rimet). O colecionador Marcos Perassollo ainda disponibilizou para a mostra uma série de ‘campainhas’ que estão penduradas em um varal, e quadros com dezenas de chapinhas de identificação da marca da bicicleta, que eram fixadas abaixo da mesa.
A coleção de bandejas de Sandra Gorski também chama a atenção pela beleza. A colecionadora conta que separar as peças para esta exposição foi como uma viagem no tempo, já que começou a colecionar quando ia com os filhos ainda pequenos em uma feirinha de antiguidades e via alguma peça que achava interessante para servir em um momento especial. Ela teve ajuda da curadora na seleção das peças, que foi uma tarefa árdua, já que sua coleção tem mais de 150 bandejas e apenas 25 foram pinçadas para serem mostradas ao público.
O publico geek não fica fora desta exposição. O colecionador Rodrigo Moreno trouxe 30 ítens de sua coleção de cerca de 2200 peças de Star Wars. Ele conta que tem um pouco de tudo, como bonecos, estátuas, replicas dos veículos e muitas raridades. Os primeiros itens da coleção eram seus quando criança, datados de 1988, feitos no Brasil pela Glasslite – são bonequinhos de personagens como Luke, Leia, Solo, R2-D2, C-3PO e Chewbacca. Há também uma Millenium Falcon, de modelismo, que ele montou ainda nos anos 80. Entre as raridades, três pequenos Jawas (humanoides sempre com capas marrons, presentes em diversos filmes da saga), produzidos em 1978. Um deles, ainda lacrado na embalagem original, avaliado em cerca de R$22mil.
Exposição Colecionismo: o Belo, o raro, o único
De 19 de abril e 14 de julho
Farol Santander – R. João Brícola, 24, 20º andar.
Para quem sai de Moema, o metrô pode ser o caminho mais fácil e rápido (Linha Lilás até a estação Santa Cruz, e linha azul até São Bento – descendo na saída indicada como Rua Boa Vista, o Farol Santander fica a poucos metros, pelo calçadão).
Ingressos a partir de R$20
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 20h, sendo o último acesso às 19h com permanência até às 20h
Aproveite para visitar também a Exposição: Pancetti – o mar quando quebra na praia… que fica aberta até dia 30 de junho!