Resumo Paralímpico – domingo, 01 de setembro

atleta andre rocha, cadeirante, sorri com a bandeira do Brasil erguida com os braços atrás de si.
Andre Rocha conquistou bronze no arremesso de disco, neste domingo, levando o Brasil à marca das 400 medalhas paralímpicas na história (Foto: Wander Roberto/CPB)

Entre todos os atletas, cada um com sua história, destacamos os depoimentos em sentimentos opostos de dois ídolos brasileiros após não terem conquistado uma medalha neste domingo: Verônica Hipólito e Gabriel Araujo

No dia em que o Brasil cedeu o quarto lugar (provisório) no quadro de medalhas para os EUA, temos também um marco importante a comemorar! O país conquistou a sua 400ª medalha paralímpica na história. Mas o esporte de alto rendimento, seja olímpico ou paralímpico, exige muito dos atletas e não é raro que muitos deles exijam demais de si mesmos. Neste domingo, em que o Brasil conquistou mais quatro pódios, dois depoimentos de “não-medalhistas” ecoaram mais forte.

O nadador mineiro Gabriel Araujo não medalhou neste domingo, mas saiu da piscina exultante. Ele competiu em uma prova multiclasses com nadadores com limitações motoras menores que ele, terimou em quarto lugar, mas o primeiro em sua classe. A marca de 3min14s02 nos 150m medley que ele fez, é o novo recorde mundial da classe SM2. Não sem razão, ele saiu da piscina comemorando muito e declarando que o resultado dá ainda mais ânimo e força para as próximas provas.

Já a também ‘veterana’ Verônica Hipólito, saiu aos prantos da final dos 200m da classe T36, que fechou em sétimo lugar, com um tempo abaixo do que ela costumava fazer. A atleta que migrou do atletismo olímpico para o paralímpico depois de sofrer um AVC em 2013, estreou nos jogos do Rio em 2016 com prata nos 100m e bronze nos 400m. Nos anos seguintes teve sérios problemas de saúde e retorna agora aos Jogos Paralímpicos. Fora das competições, ela fundou uma ONG que incentiva e dá condições a muitos atletas do paradesporto (leia aqui). Em Paris, Verônica ainda vai competir nos 100m T36 e no revezamento 4x100m universal.

A 400ª medalha paralímpica do Brasil veio com André Rocha, que ganhou o bronze no lançamento de disco da classe F52 com a marca de 19,48m. O domingo dos brasileiros teve uma prata e três bronzes e alguns recordes! A prata, uma medalha inédita no tiro esportivo, foi conquistada por Alexandre Galgani, na prova R5 Carabina de Ar, 10 metros deitado misto SH2, para atiradores que precisam de suporte para a arma.

Os outros dois bronzes vieram na natação e com recordes batidos! A nadadora Lídia Cruz nos 150m medley SM4 (atletas com limitações físico-motoras), além do bronze também estabeleceu o novo recorde das Américas:  2min57s16. O segundo bronze do dia na natação veio com o revezamento 4×100m livre S14, para atletas com deficiência intelectual. Também o novo recorde das Américas com o tempo de 3min47s49.

No badminton, Vitor Tavares, da classe SH6, foi derrotado na semifinal e vai disputar o terceiro lugar nesta segunda, dia 02, com o atleta de Hong Kong, Chu Man Kai. No remo, paulista Cláudia dos Santos terminou a final A do single feminino PR1 na sexta colocação. Também no remo, na classe Mix2x PR3, a dupla Diana Barcelos e Jairo Klug, terminou na quinta colocação da final A.

Nosa esportes coletivos, o futebol de cegos do Brasil começou sua trajetória em Paris com vitória por 3 a 0 sobre a Turquia pelo grupo A, dois gols de pênalti de Nonato um de fora da área de Jefinho. A seleção brasileira enfrenta a França nesta segunda. Já as equipes de Goalball folgaram no domingo, mas ficaram sabendo seus próximos adversários para as quartas de final. O time masculino vai enfrentar o Egito, nesta segunda, e o feminino pega o Japão na terça. A Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado foi superada pelo Irã por 3 sets a 0. O jogo foi válido pela fase de grupos.

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