História do Brasil, feminismo e teatro online

imagem distante da Impertriz em pé, em uma colina, no entardecer.
foto: Alexandre Leal

Estreia em ambiente virtual, na próxima segunda, Dia da Mulher, o espetáculo “Leopoldina, Independência e Morte”, que mostra a transformação da princesa europeia em estadista consciente de seu tempo histórico.

A versão online do espetáculo Leopoldina, Independência e Morte estreia nesta segunda, 08, Dia da Mulher, e pode ser considerado uma homenagem à memória da primeira chefe de estado brasileira. O público irá conhecer um lado pouco abordado desta personagem nas aulas de História do Brasil. A montagem que começou com experimentos abertos no Museu do Ipiranga em 2017 e depois foi para os palcos, chega a agora à internet em versão gravada em locações. A adaptação ao modelo web não transpôs simplesmente a imagem, mas saiu do palco e buscou ambientes que se relacionassem com cada cena.   

O autor e diretor da peça, Marcos Damigo, acredita na importância de se conhecer o lado culto e preparado da Imperatriz, que além do papel que lhe cabia em seu tempo histórico. Os horários de transmissão do espetáculo foram pensados para facilitar às escolas a exibição aos alunos e discussão posterior com professores. Além das sessões noturnas (20h30), de terça a sexta haverá exibições pela manhã (10h30) e à tarde (15h30). A produção disponibiliza também uma revista digital, com material de apoio, com informações extras e glossário.  Além de História do Brasil, o conteúdo também permite discussões sobre feminismo e relações interpessoais.

Imperatriz Leopoldina

A primeira mulher a se tornar chefe de Estado do Brasil, Leopoldina governou o país como regente interina em setembro de 1822, quando a independência foi proclamada, e quatro anos depois, já em seu leito de morte. Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena era filha do Imperador da Áustria e foi mandada ao Brasil para se casar com Dom Pedro I. Sofreu quatro abortos e teve outros cinco filhos, sendo o mais conhecido, Dom Pedro II. A peça mostra a importância desta mulher no processo de independência, mas também sua relação conturbada com o marido.

Todo o conteúdo do espetáculo idealizado e escrito por Marcos Damigo tem como base estudos aprofundados na História do Brasil. Ele conta que o primeiro ‘estopim’ para este recorte histórico da personagem foi o ensaio publicado pela escritora e psicanalista Maria Rita Kehl no livro ‘Cartas de uma Imperatriz’ (Estação Liberdade). A partir daí ele mergulhou na história de Leopoldina, desde sua chegada ao Brasil ainda com 19 anos, lendo biografias, cartas e artigos. O historiador Paulo Rezzutti, autor do livro “D. Leopoldina, a história não contada“ (Editora Leya), prestou consultoria histórica para a peça.

Exibições:
Estreia Dia 08/03, segunda: 20h30
Com opção de legenda: youtube.com/
Com interpretação em Libras: facebook.com/leopoldina
As apresentações não ficam no ar após a exibição.
 Reprises:
 Dia 09, terça: 10h30, 15h30 e 20h30
 Dia, 10, quarta: 10h30, 15h30 e 20h30
 Dia, 11, quinta: 10h30, 15h30 e 20h30
 Dia 12, sexta: 10h30, 15h30 e 20h30
 Dia 13, sábado: 15h30 e 20h30
 Dia 14, domingo: 15h30 e 20h30
Espetáculo Gratuito!
Contribuição voluntária 
CHAVE PIX: leopoldinaproducao@gmail.com 
Site: /leopoldinaindependenciaemorte.com/
FICHA TÉCNICA
 Autor e Diretor Artístico: Marcos Damigo
 Consultor Histórico: Paulo Rezzutti
 Elenco: Sara Antunes e Plínio Soares
 Assistente de direção e produção: Vítor Gabriel
 Música: Ana Eliza Colomar
 Figurinos: Cássio Brasil
 Cabelo e Maquiagem: Otávio Maciel Gonçalves
 Produção Audiovisual: Central SP Produções
 Direção/Edição: Alexandre Leal
 Direção de fotografia e câmera: Jones Kiwara
 Segunda câmera e fotografia still: Josemar Gouveia
 Áudio: Wagner Pulga
 Produção: Orlando Chavatta
 Diretora de produção: Fernanda Moura 
 Identidade Visual: PrisLo
 Design gráfico: Ramon Jardim
 Realização: Palimpsesto Produções Artísticas
 Assessoria de Comunicação: Agência Fervo
A nova versão do espetáculo foi viabilizada por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (Lei 14.017/20 do Governo Federal), através do PROAC (Programa de Ação Cultural) do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.