por Marina Macruz
O conhecimento científico sobre os cães permite hoje que se ofereça alimentos mais adequados a cada raça e em quantidades específicas, diferente do que se praticava em gerações anteriores
A relação entre humanos e animais de estimação mudou e segue mudando ao longo do tempo. Hoje, os pets são considerados membros da família e nossos melhores amigos. Com a evolução e o estreitamento dessa relação, os conhecimentos sobre nutrição de cães e gatos também evoluíram, com base em muita pesquisa e desenvolvimento científico. São inúmeras as opções de alimento disponíveis nos pet shops, inclusive específicas por porte e raça.
E uma boa alimentação para eles busca mais do que atender suas necessidades básicas: busca oferecer um balanceamento ideal dos nutrientes, capaz de proporcionar mais saúde, qualidade de vida e longevidade. Olhar as prateleiras e ter tantas possibilidades pode ser excelente, mas o tutor também precisa estar bem informado e orientado para fazer uma escolha consciente, que seja a mais adequada para o seu pet em cada fase da vida.
Cães possuem a maior variedade de raças dentro de uma mesma espécie, e estima-se que atualmente existam cerca de 400 raças. E elas não são todas iguais, não possuem as mesmas funções e nem o mesmo estilo de vida, por isso precisam de uma nutrição baseada em suas necessidades, com uma formulação balanceada e tamanho adequado do grão.
Os alimentos para cães devem levar em conta as particularidades dos animais para favorecer o máximo desenvolvimento de suas características típicas e desejáveis, além de prevenir e minimizar os principais problemas de saúde que mais acometem determinadas raças. Assim como a alimentação humana, a dos pets também vem evoluindo muito, graças ao desenvolvimento científico, ao processo de produção e às matérias-primas de alta qualidade, que permitem o desenvolvimento de uma nutrição funcional.
Soma-se a isso o conhecimento do metabolismo e das necessidades de cada raça de cão e torna-se possível a preparação do alimento ideal para cada uma pela indústria pet food.
Na prática, o Golden Retriever, por exemplo, tem predisposição a problemas cardíacos e grande tendência a desenvolver displasia coxofemoral. Assim, alimentos com níveis ideais de taurina, EPA, DHA, beta-glucanas, condroitina e glicosamina promovem o cuidado articular e cardíaco.
Já os Yorkshires necessitam de cuidados especiais com o trato urinário e a pelagem. Portanto, um alimento que contenha pH cientificamente balanceado (para manutenção do trato urinário) e ácidos graxos essenciais ômegas 3 e 6, biotina e zinco (para uma pelagem bonita e pele saudável) permite o máximo desenvolvimento da raça.
Esses exemplos se multiplicam devido à grande diversidade de raças caninas. E os diferenciais nutricionais não estão presentes em qualquer produto do mercado. É por isso que, para escolher o alimento ideal para o melhor amigo, é fundamental buscar a recomendação de um médico-veterinário de confiança e sempre optar por empresas especialistas no assunto, além de produtos de alta qualidade (também denominados super premium).
Pode apostar que isso certamente fará muita diferença na qualidade de vida e longevidade do pet e que ele terá uma vida mais feliz ao lado do seu tutor!
Sobre a autora: Marina Macruz é médica-veterinária e supervisora de Capacitação Técnico-Científica e Técnico-Comercial da PremieRpet®
A sessão de artigos é publicada às segundas-feiras, com textos de colunistas convidados. Seu conteudo é de total responsabilidade dos autores e pode não refletir o posicionamento do site. Encontre mais artigos publicados neste link.