Áreas comuns de condomínios, assim como depósitos e até lajes, devem ser constantemente higienizados e inspecionados, por serem possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti
Assim como em todos os Estados brasileiros, também a Secretaria de Saúde de São Paulo está monitorando as ocorrências de Dengue, Chikungunya e Zika na população. Os números são abertos e divulgados online no Painel de Monotoramento (neste link). Até o dia de hoje, 21 de março, o Estado de São Paulo já havia registrado 280 mil casos de dengue, além de mais 500 mil prováveis ou em investigação.
O número de mortes surpreende: já foram confirmados 105 óbitos em decorrencia da dengue no Estado, sendo 11 na capital (23 na Grande São Paulo). O Estado de São Paulo já decretou estado de emergência em razão da doença no dia 03 de março, já a capital fez esse mesmo movimento apenas esta semana, no último dia 18, segunda-feira. Uma das ações em todas as localidades que decretaram emergência é a criação da chamada força-tarefa.
Em esfera pública isso é realizado com equipes próprias, muitas contratadas especialmente para a tarefa, exterminando focos do mosquito em ruas e praças e diversos mobiliários públicos. Já dentro de casa, cada proprietário precisa se conscientizar, lavar os famosos ‘pratinhos’, esfregando bem para retirar possíveis ameaças (veja aqui). A questão é ampliada quando se trata de condomínios.
A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (AABIC) tem intensificado as orientações para seus associados, ciente de seu papel no combate ao mosquito. “Os condomínios, com sua densidade populacional e estrutura física complexa, representam um desafio no combate à dengue. Áreas comuns, como jardins, piscinas, caixas d’água e até mesmo apartamentos desocupados, podem se tornar locais propícios para a reprodução do mosquito”, diz o presidente da AABIC, José Roberto Graiche Júnior.
A responsabilidade de combater os focos de dengue dentro dos condomínios é compartilhada entre moradores, síndicos, administradoras e equipes de manutenção. “Ações simples, como a eliminação de recipientes que acumulam água, a limpeza regular de áreas comuns e o monitoramento de pontos de possível proliferação, são cruciais para evitar a disseminação do mosquito”, explica. Outro ponto principal é realizar uma varredura no fosso do elevador. O local é um dos favoritos do mosquito Aedes Aegypti, por também acumular água.
Recomenda-se ainda inspecionar os ralos externos e canaletas de drenagens para água das chuvas de todo o espaço do condomínio, assim como a limpeza das área de lazer, especialmente das piscinas. Além de realizar o tratamento adequado da água, é preciso garantir que espreguiçadeiras, cadeiras e guarda-sol não acumulem água.
Os brinquedos do playground também devem ser constantemente monitorados para evitar que se transformem em potenciais criadouros. Sanitários que não são utilizados diariamente, como os de salão de festas ou da piscina, precisam ser vistoriados, assim como acionar a descarga semanalmente. A AABIC recomenda ainda que os condomínios reforcem as orientações aos moradores, com material informativo nos elevadores e quadros de avisos.
“Diante do crescente desafio representado pelos focos de dengue nos condomínios, a AABIC reforça a importância da união de esforços e da adoção de medidas proativas para garantir um ambiente seguro e saudável para todos os moradores. A prevenção é a melhor arma nessa batalha contra a dengue e cabe a cada um fazer a sua parte”, ressalta Graiche Júnior.