por Patricia Vasconcellos
Conselho Federal de Medicina atualizou as regras para a publicidade médica, permitindo a divulgação em redes sociais e estabelecendo critérios para uso de imagens de pacientes
A nova Resolução CFM nº 2.336/2023, que entrou em vigor em 11 de março, trouxe consigo mudanças substanciais no cenário da publicidade médica, gerando impactos e reflexões sobre as práticas comunicacionais dentro da área médica. Com um olhar crítico sobre essas transformações, é possível analisar as implicações e os desafios que surgem a partir dessas novas diretrizes.
Uma das mudanças mais significativas é a permissão para os médicos utilizarem as redes sociais de forma mais ampla, incluindo a divulgação de imagens “antes e depois” para fins educativos, a repostagem de elogios, a divulgação de preços de consultas e procedimentos, bem como a realização de campanhas promocionais. Essas liberdades, embora representem uma abertura para a divulgação de informações relevantes e educativas, devem ser acompanhadas de responsabilidade e ética por parte dos profissionais da saúde.
A resolução também estabelece requisitos específicos para peças de publicidade/propaganda, exigindo a inclusão de informações como nome, número de registro no CRM e especialidade do médico. Além disso, a utilização das redes sociais para fins publicitários deve ser feita de maneira ética, evitando qualquer forma de sensacionalismo ou concorrência desleal.
Um ponto de destaque é a permissão para o uso de testemunhos de pacientes nas redes sociais dos médicos, desde que sejam apresentados de forma sóbria e sem promessas de resultados exagerados. Essa prática, quando feita com responsabilidade, pode contribuir para uma maior transparência e confiança na relação entre médicos e pacientes.
Resumindo, as mudanças trazidas pela nova resolução representam um avanço significativo na maneira como os médicos podem se comunicar com o público, proporcionando maior transparência e informação aos pacientes. No entanto, é essencial que essas práticas sejam realizadas dentro dos parâmetros éticos e legais estabelecidos, visando sempre o bem-estar e a segurança dos pacientes e a credibilidade da profissão médica.
Sobre a autora: Patricia Vasconcellos é CEO da Destak Consultoria, é especialista em mídias digitais. Formada na área da saúde, com foco no segmento médico, é pós-graduada em administração e marketing pela ESPM.
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Acesse aqui o texto na íntegra da resolução.
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